A hastag #JustiçaPorMariaClara amanheceu entre os assuntou mais comentados do Twitter na manhã deste sábado (19), após o corpo da menina Maria Clara, de cinco anos, ser encontrado em uma caixa de papelão, nesta sexta-feira, em um terreno baldio próximo à residência dela, no bairro Vila Real, em Hortolândia (SP).
Segundo a Polícia Civil, o corpo da criança tem sinais de estrangulamento e o padrasto dela, Cássio Martins Camilo, 27, que está preso, confessou durante depoimento que estuprou e matou a vítima.
A própria mãe da criança retirou o corpo da filha e levou até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Nova Hortolândia, mas ela já chegou sem vida ao local. A perícia foi acionada para ir até o terreno.
De acordo com a bisavó de Maria Clara, a menina apresentava comportamento diferente nos últimos dias e relatou dores para ela.
"Ela ia no banheiro, demorava. 'Maria, você está tomando banho, o que está acontecendo?'. 'Vovó, eu tô dodói'. 'O que foi minha filha?'. 'Eu vou fazer xixi e dói'", conta Ilza Viana Nascimento.
O corpo de Maria Clara Calixto Nascimento foi encontrado em um terreno no Jardim São Felipe. Ela estava desaparecida desde a manhã de quinta-feira quando, segundo a família, saiu para brincar na casa de uma vizinha.
A mãe de Maria Clara, uma auxiliar de produção de 25 anos, afirma ter perguntado ao companheiro sobre a localização da garota. Na ocasião, ele alegou que dormiu e não a viu sair.
Foi registrado boletim de ocorrência na Delegacia de Hortolândia. A família passou a procurar a criança, inclusive com a ajuda do padrasto, que passu a ser visto pela população como o maior suspeito. Por conta disso, ele tentou escapar.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), Cássio foi localizado em Campinas (SP) na manhã desta sexta e levado à delegacia, onde confessou o crime.
Cássio Martins Camilo, que já tem passagem pela polícia por estupro, vai permanecer preso e será encaminhado a uma unidade prisional.
"Esse indivíduo foi localizado, foi trazido até as nossas dependências e aqui ele confessou a prática do delito, onde ele teria estuprado a criança e posteriormente a matado", destaca o delegado João Jorge Ferreira da Silva.
Após a prisão de Cássio, parentes e amigos revoltados foram para a porta da delegacia. A situação ficou tensa com gritarias e xingamentos. Foram jogadas bombas de fumaça e pneus queimados dentro da delegacia.
Com informações do G1