No primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro, em 2019, o Brasil perdeu cinco posições no ranking mundial do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O país saiu da 79ª colocação para 84ª entre 189 nações avaliadas.
O IDH é composto pela expectativa de vida ao nascer, a escolaridade e a renda. O índice do Brasil em 2019 ficou em 0,765, o que representa um acréscimo de 0,39% em relação ao ano anterior, quando registrou 0,762.
O resultado, no entanto, foi insuficiente para promover um avanço do país no ranking global. Na América Latina, por exemplo, o Brasil está atrás de Chile, Argentina, Uruguai, Cuba, México, Peru e Colômbia. O país está à frente de Equador, Paraguai, Bolívia e Venezuela.
Segundo relatório divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o crescimento lento do Brasil no IDH reflete especialmente desigualdades de gênero e de renda.
Uma das ferramentas de análise do PNUD é o IDH-D, que faz ajustes no IDH a partir de fatores de desigualdade. O programa aponta que a desigualdade derruba o índice de desenvolvimento do Brasil de 0,765 para 0,570.
No IDH-D, por exemplo, a posição do Brasil no ranking global cai de 84ª colocação para 104ª. Em relação ao recorte de desigualdade de gênero, o país ocupa a 95ª posição. Nesse caso, são levados em conta fatores como mortalidade materna, gravidez na adolescência e cadeiras ocupadas por mulheres no Legislativo.
Com informações da Folha de S.Paulo