Após Condephaat rejeitar tombamento, Ginásio do Ibirapuera pode virar shopping

O restante da área poderia ser utilizada para o concessionário obter receita. O estudo referencial sugere três edifícios onde hoje ficam o alojamento e o centro aquático

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O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), apresentou projeto que prevê que o Ginásio do Ibirapuera seja "reconvertido" em um "centro comercial e de entretenimento e de gastronomia" quando todo o complexo esportivo for concedido à iniciativa privada.

Em outras palavras, o objetivo é transformar o complexo em um shopping.

A porta foi aberta para a privatização do complexo nesta segunda-feira (1º), após o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) rejeitar abrir um processo de tombamento do complexo projetado pelo arquiteto Ícaro de Castro Mello.

A ideia do governo do estado é entregar todo o terreno de 91 mil metros quadrados para um concessionário que teria como obrigação construir uma arena multiuso para 20 mil pessoas, que o governo Doria entende ser uma carência da maior e mais rica capital do país.

A arena não precisa ser erguida necessariamente no mesmo exato local onde hoje está o velho ginásio Geraldo José de Almeida (o Ibirapuera), construído na década de 1950. A proposta é que a área seja erguida onde está o estádio e o ginásio seja transformado em shopping, mas isso vai depender da vontade do futuro concessionário.

Mas a coisa não fica por aí. O restante da área poderia ser utilizada para o concessionário obter receita. O estudo referencial sugere três edifícios onde hoje ficam o alojamento e o centro aquático, com saída para a Rua Manoel da Nóbrega. Um funcionando como apart hotel, outro como hotel e o terceiro de escritórios. Essa estrutura também teria um "open mall", um shopping a céu aberto.

A privatização do Complexo Esportivo do Ibirapuera foi lançada pelo então governador Geraldo Alckmin (PSDB), em 2017. O objetivo era modernizar o ginásio, realizando uma reforma. O projeto foi suspenso por Márcio França (PSB) e retomado por Doria, que o adaptou para a construção da arena multiuso.

Com informações da coluna Olhar Olímpico. Leia o texto completo aqui