Após STJ e Ministério da Saúde, governo do DF também é alvo de hackers

Diante de ocorrências, TSE diz que reforçou procedimentos de segurança e lembrou que urnas eletrônicas não são ligadas a redes

Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal (Foto Nilson Carvalho/Agência Brasília)
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Depois de Ministério da Saúde e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o governo do Distrito Federal (GDF) também foi alvo de tentativa de ataque hacker em seus sistemas nesta quinta-feira (5). Como prevenção, o governo distrital informou que tirou todos os servidores do ar.

Nota da Secretaria de Economia do GDF informa que a tentativa de ataque foi identificada na manhã desta quinta-feira. No comunicado, a pasta informa que os servidores foram desligados para “garantir a segurança e a integridade dos dados”. Seis sites do GDF também ficaram fora do ar, incluindo o do próprio governo distrital.

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O texto ainda diz que, diante das “suspeitas de ataques em órgãos da Justiça e do governo federal”, a Subsecretaria de Tecnologia (Sutic) já estava em “alerta máximo para possíveis tentativas”. Também relata que a Sutic está trabalhando para resolver o problema.

TSE reforça segurança

Diante das ocorrências, especialmente com o STJ, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou comunicado dando conta de que “foram intensificados todos os procedimentos de segurança nos sistemas internos e externos da Corte”.

A nota informa que “tradicionalmente, neste período os sistemas já passariam por reforço na segurança, com medidas preventivas e plantão de monitoramento”. No entanto, “em razão do cenário excepcional, houve um reforço na segurança virtual e novas providências foram adotadas”.

Um assunto que sempre volta na época de eleições, a segurança das urnas eletrônicas, também foi abordado. O comunicado da corte diz que “a urna eletrônica brasileira foi projetada para funcionar sem estar conectada a qualquer dispositivo de rede, seja por cabo, wi-fi ou bluetooth”. Assim, diz a nota, “a urna é um equipamento isolado, o que preserva um dos requisitos básicos de segurança do sistema”.

Sobre o envio dos dados de apuração das urnas, o TSE escreveu que “a totalização dos votos após o envio das informações pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) funciona por meio de rede privativa criptografada”.

* Matéria atualizada com a nota do TSE