O rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), completa cinco anos nesta quinta-feira (5). Os moradores atingidos pelo rompimento, no entanto, ainda precisam fazer protestos para exigir a reparação necessária, especialmente em relação à entrega de obras de infraestrutura e casas.
De acordo com o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), atingidos pelo crime da Vale do Rio Doce fecharam uma estrada nas cidades de Betim e São Joaquim de Bicas. "Os atingidos reivindicam a efetiva participação no 'acordo global no caso Brumadinho' realizada pelo Estado Minas Gerais proposto pela Vale", afirma. Enquanto isso, outro grupo protestou em frente à sede da Fundação Renova, criada depois do episódio.
A Fundação Renova havia prometido entregar até agosto as obras em Bento Rodrigues, o primeiro distrito de Mariana a ser atingido pela lama. No entanto, das mais de 200 casas, só duas estão quase finalizadas. A entrega ficou para o ano que vem, sendo que prazo vence em quatro meses: 27 de fevereiro de 2021. As informações são do G1.
Os reassentamentos de Paracatu de Baixo, em Mariana, e Gesteira, em Barra Longa, também seguem sem casas entregues. “Entendemos que essa é uma forma de agir das empresas para deixar as pessoas mais desesperadas. Recurso financeiro existe, mas ele ser efetivado para o bem-estar dos atingidos, isso não acontece. Então nós vemos que é uma decisão da empresa fazer dessa forma e não apenas incompetência”, afirma Letícia Oliveira, coordenadora estadual do MAB, em entrevista o portal.
A Fundação Renova afirma que 95% da infraestrutura em Bento Rodrigues deve ficar pronta até o fim desse ano. Já em relação às casas, o presidente da fundação, André de Freitas, informou que a maioria delas deve ser entregue em 2021.