A Coalizão Negra por Direitos, grupo que reúne 150 organizações antirracistas, divulgou uma campanha na sexta-feira (20) pelo boicote nacional ao Carrefour. Mobilização ocorre após o assassinato de João Alberto, um homem negro, por seguranças brancos da rede.
De acordo com o coletivo, o Carrefour é reincidente em casos de violência racial e "precisa ser responsabilizado por essas práticas". O boicote consiste em não frequentar ou comprar em unidades da rede.
A Coalizão lembra ainda outros caso de violência que aconteceram em 2009 e 2018 em outras unidades do supermercado.
"No ano de 2009, seguranças da rede de supermercados espancaram Januário Alves de Santana na unidade de Osasco, ao argumento de que o homem foi confundido com um ladrão", relembra.
"Em 2018, na unidade de São Bernardo do Campo, seguranças espancaram Luís Carlos Gomes porque ele teria aberto uma lata de cerveja no interior da loja. Todos esses casos aconteceram no interior de lojas da rede Carrefour, o que demonstra que não se trata de exceção, violência racial é regra dentro do Carrefour", completa.
Um dos responsáveis pelo assassinato de João Alberto em Porto Alegre é um policial militar temporário, enquanto outro era segurança da loja. Ambos foram detidos em flagrante e devem responder por homicídio qualificado.