Em nova intervenção, Bolsonaro nomeia candidato menos votado para a reitoria da UFPI

O professor Gildásio Guedes Fernandes ficou em último lugar na lista tríplice enviada para escolha do presidente

Gildásio Guedes (Reprodução/Instagram)
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O presidente Jair Bolsonaro nomeou o professor e matemático Gildásio Guedes Fernandes como novo reitor da Universidade Federal do Piauí (UFPI). A nomeação foi publicada nesta quinta-feira (19) no Diário Oficial da União.

O candidato escolhido pelo mandatário foi o menos votado pela comunidade acadêmica, o que representa mais uma ataque à autonomia universitária durante o governo Bolsonaro.

Gildásio vai substituir o atual reitor, professor Arimatéia Lopes, e terá um mandato de quatro anos. A sua chapa, que tem como vice-reitor o professor Viriato Campelo do Centro de Ciências da Saúde (CCS), ficou em terceiro lugar na lista tríplice enviada para escolha do presidente.

Segundo informações do G1, Gildásio Guedes obteve um percentual de 21,14% dos votos. Ele teve a maior quantidade total de votos entre alunos, mas a terceira entre os docentes. O voto dos professores tem peso maior na média.

A União Nacional dos Estudantes (UNE) protestou contra a nomeação nas redes sociais. "Mais uma universidade que teve sua autonomia ferida! Todo o apoio aos estudantes, professores e servidores da UFPI, vai ter luta", escreveu no Twitter.

https://twitter.com/uneoficial/status/1329375726320164865

Gildásio não é o primeiro reitor menos votado escolhido por Bolsonaro para chefiar universidades e institutos federais. O presidente também nomeou candidatos menos votados na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), entre outras.