O desemprego no Brasil cresceu para 14,4% no trimestre encerrado em agosto, a maior taxa já registrada na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), iniciada em 2012. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de 14,4% representa um aumento de 1,6% em relação ao trimestre encerrado em maio, quando o país tinha um índice de 12,9% de desemprego. O crescimento também é 2,6% maior em comparação com o mesmo intervalo do ano passado.
"São cerca de 1,1 milhão de pessoas a mais à procura de emprego frente ao trimestre encerrado em maio ", destacou o IBGE. No mesmo trimestre de 2019, o país tinha 12,6 milhões de desempregados. Agora, são 13,8 milhões.
Além do aumento no número de desempregados, o país também atingiu o menor número histórico de trabalhadores ocupados. Em 12 meses, segundo o IBGE, o país perdeu 12 milhões de postos de trabalho, considerando todas as formas de atuação no mercado de trabalho. Segmentos de comércio, alojamento e alimentação foram os que mais perderam vagas.
Na semana passada, a PNAD Covid-19 havia divulgado que a taxa de desemprego da quarta semana de setembro ficou em 14,4%, atingindo 14 milhões de trabalhadores e trabalhadoras. Contudo, trata-se de uma pesquisa com uma outra metodologia e que não é comparável aos dados da Pnad Contínua.