Uma pousada da cidade de Jericoacoara, no Norte do Ceará, foi palco, neste domingo (11), de mais um caso de abuso contra um trabalhador que simplesmente exigiu o uso de máscaras por parte de um cliente. Neste caso, uma hóspede que teria se negado a usar a máscara obrigatória e que agrediu uma funcionária da pousada que a filmava.
No vídeo, pode-se ver que a agressora já havia colocado uma máscara quando decidiu atacar a trabalhadora, depois que ela relata que a hóspede havia resistido ao uso da proteção, e que estaria “embriagada”.
Segundo a própria funcionária espancada, a hóspede seria uma inspetora da Polícia Civil do Ceará. No vídeo, ela inclusive relada que a agressora teria mostrado sua credencial antes, para justificar que ela não precisaria usar a máscara se não quisesse. A hóspede não é identificada em nenhum momento do vídeo, embora um homem que parece ser seu acompanhante a tenha chamado de “Manu” em um trecho.
Mas o caso não acabou com essa agressão. Após o ataque da hóspede a funcionária, a dona da pousada, Antônia Maria de Sousa, chamou a polícia, mas se encontraram com um problema: segundo ela, os oficiais se negaram a prestar socorro à sua trabalhadora quando descobriram que a agressão tinha sido feita por outra pessoa da corporação.
A dona da pousada também reclamou que um dos policiais a teria chutado enquanto fazia o seu depoimento. “Os policiais disseram que não iam levá-la para a delegacia, e eu fui saber o porquê. Me disseram que, se quisesse, a gente que chamasse um táxi para ir até a delegacia. O policial militar me jogou no chão e me chutou dizendo que não era meu empregado. Ainda pegou meu celular e jogou dentro da viatura”, relatou Antônia de Sousa.
Uma lei em vigor no Ceará desde agosto impõe uma multa de 100 reais àqueles que não utilizam a máscara obrigatória em locais públicos e privados.