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Como resposta à grave crise ambiental que atravessa o governo de Jair Bolsonaro, com a alta liberação de agrotóxicos e incêndios na Amazônia, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) criou o projeto “Plantar árvores, produzir alimentos saudáveis”, que tem como principal meta plantar nos próximos dez anos 100 milhões de mudas de árvores nativas e frutíferas em assentamentos da reforma agrária e cidades vizinhas pelo país.
Para viabilizar o projeto, o movimento planeja fechar parcerias com setores públicos, como prefeituras e governos estaduais, e empresas que precisam fazer compensação ambiental. O tema ganhou força nos debates do MST após as declarações do papa Francisco no Sínodo da Amazônia, evento no qual o movimento esteve presente através de dois delegados populares do bioma.
“Nossa meta é essa [100 milhões de árvores em dez anos], mas imaginamos que é possível alcançá-la antes”, diz João Pedro Stédile, coordenador nacional do movimento. O projeto “Plantar árvores, produzir alimentos saudáveis” será anunciado pelo MST no encontro da sua coordenação nacional, em 25 de janeiro.
Além dos territórios da reforma agrária, praças, parques e periferias dos municípios onde o movimento tem sua base social, o projeto também vai contemplar a recuperação de nascentes e áreas degradadas, evolvendo o trabalho de associações, cooperativas, escolas do campo, centros de formações e grupos coletivos do MST.