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Cerca de 500 funcionários da Dataprev, empresa de tecnologia e informações da Previdência, foram demitidos às pressas nesta semana após anúncio de greve contra o projeto de privatização da estatal pelo governo de Jair Bolsonaro. Em uma das unidades, servidores foram obrigados a deixar a empresa com seus pertences em sacos de lixo. Caso aconteceu em Sergipe, nesta quinta-feira (23).
Coincidentemente, a greve dos servidores da Dataprev no estado começaria também nesta quinta. No entanto, como forma de evitar a paralisação, a direção obrigou os trabalhadores a deixar o prédio imediatamente, sem tempo para arrumar os pertences.
"A greve é uma forma de garantir nosso posto de trabalho. A de Sergipe começaria ontem, mas como teve essa truculência, não foi possível permanecer", afirma Leo Santuchi, presidente da Associação Nacional dos Empregados da Dataprev (Aned), em entrevista à Fórum. "Isso tudo num momento em que o INSS tem filas gigantescas. Mas, no meio da crise, contratam militares".
Ao todo, 494 funcionários da Dataprev foram demitidos pelo Brasil após a diretoria anunciar o fechamento de 20 regionais da empresa. Santuchi explica que a estratégia do governo foi fechar as unidades dos estados menores, como Sergipe, como forma de deixar a estatal o mais enxuta possível.
"Ofereceram um plano de demissão voluntária, que terminou no último dia 20, só que apenas 90 pessoas aderiram", conta o presidente da Aned.