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A Backer, fabricante da cerveja Belorizontina, que está sendo investigada pela contaminação de consumidores com dietilenoglicol, pode ter sido vítima da fornecedora de monoetilenoglicol, substância usada na fabricação.
Segundo a rádio Itatiaia, um ex-funcionário que trabalhou por dez meses na fornecedora disse à polícia que tem provas de que o monoetilenoglicol era misturado ao dietilenoglicol, mais barato e responsável pela contaminação. A polícia já está investigando a possibilidade no galpão da fornecedora.
A Backer orientou os consumidores a não ingerirem a bebida, e as garrafas estão sendo recolhidas pela Vigilância Sanitária.
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Até agora, foram registradas quatro mortes devido à síndrome nefroneural por contaminação com o dietilenoglicol, sendo que 18 casos já foram notificados à polícia.
O Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou que já são sete lotes com presença de dietilenoglicol confirmada. A contaminação da água utilizada para produção da cerveja também é uma possibilidade.
"A gente conseguiu evidenciar que a água que tem contaminação está sendo usada no processo cervejeiro. A gente não consegue afirmar de que forma ocorre essa contaminação, se é nesse tanque de água gelada ou em uma etapa anterior. Nenhuma hipótese pode ser descartada: sabotagem, uso incorreto do dietilenoglicol ou vazamento de uma solução para dentro da água”, disse Carlos Vitor Müller, coordenador-geral de Vinhos e Bebidas do Mapa.
A Backer nega a utilização deliberada de dietilenoglicol na fabricação da cerveja.
*Com informações da Rádio Itatiaia