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A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou nesta quinta-feira (16) a quarta morte por suspeita de intoxicação por dietilenoglicol, presente na cerveja Belorizontina, da Cervejaria Backer. Um desses casos, no entanto, ainda está sob investigação. A nova vítima é um homem de 89 anos que também apresentou sintomas da síndrome nefroneural, causada pela substância.
O idoso estava internado no Hospital MaterDei, no centro-sul de Belo Horizonte. Ainda há pelo menos outros 13 pacientes internados sob suspeita de intoxicação pela mesma substância, presente em três lotes da Belorizontina. O componente químico é utilizado em fábricas de cerveja para evitar que os líquidos congelem ou evaporem, mas é tóxica.
Tanto o dietilenoglicol e monoetilenoglicol são proibidos em alimentos. O presidente da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva), Carlo Lapolli, enviou um documento à Anvisa e ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na segunda-feira (13) solicitando a proibição dos componentes.
Lapolli também encaminhou uma nota técnica às cervejarias associadas com instruções para evitar contaminações na fabricação de seus produtos. Entre elas, está o uso de produtos apropriados e de grau alimentício na confecção das cervejas, como álcool etílico potável ou propilenoglicol, e revisão preventiva imediata de equipamentos e pontos críticos de contaminação.