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A Polícia Civil de Minas Gerais divulgou nesta segunda-feira (13) que mais um lote de bebidas da cervejaria Baker está contaminado com dietilenoglicol, que teria sido a causa da morte de uma pessoa e da internação de outras 11 em Belo Horizonte.
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Segundo a polícia, o lote L21354, do rótulo Capixaba, que é vendido no Espírito Santo apresentou contaminação. A cerveja é a mesma que recebe o nome de Belorizontina só tendo a marca alterada para ser distribuída no estado vizinho.
A bebida também teria sido contaminada por monoetilenoglicol, que também é tóxico.
A polícia ainda investiga de seis a dez novas vítimas, inclusive uma mulher.
“As provas que colhemos no fim de semana são alicerce do nosso trabalho investigativo. Podemos afirmar a existência da síndrome nefroneural e a compatibilidade com a contaminação por dietilenoglicol”, disse o delegado Wagner Pinto, chefe da Polícia Civil de Minas Gerais.
Fábrica fechada e sabotagem
A cervejaria Backer afirmou, neste sábado (11), através do seu departamento jurídico que, até o momento, não há prova de contaminação do produto.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento fechou na sexta-feira, a fábrica da Backer no bairro Olhos D’Água, região oeste de BH. A pasta informou que a medida foi tomada de forma “cautelar” e que “foram determinadas ações de fiscalização para a apreensão dos produtos que ainda se encontram no mercado”.
A Polícia Civil informou neste sábado que trabalha com a possibilidade de que um ex-funcionário da Cervejaria Backer tenha sabotado a cerveja Belorizontina após desavenças com a empresa.
Em 19 de dezembro de 2019, a empresa registrou um boletim de ocorrência contra o ex-funcionário. No boletim, é relatado que o funcionário ficou muito nervoso e agressivo quando foi demitido, acusou um supervisor de ser o responsável pelo seu desligamento e o ameaçou de morte.
A quem interessa a denúncia?
Em longo artigo publicado em seu Facebook e compartilhado pela Fórum, o jornalista mineiro, Keirison Lopes, aponta várias dúvidas sobre o caso. Para ele, “independentemente das apurações e análises laboratoriais que ainda estão em curso, o estrago contra a Backer e todas as cervejas artesanais já está feito. E quem ganha com isso é o monopólio da Ambev”. Leia o artigo na íntegra aqui.