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Moradores de favelas do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, realizam na manhã deste sábado (21) uma manifestação contra a política genocida do governador Wilson Witzel. O mote é o assassinato de Agatha Félix, criança de apenas 8 anos que morreu nesta madrugada em decorrência de um tiro de fuzil disparado pela polícia.
De acordo com relatos de testemunhas, Agatha estava dentro de uma Kombi, indo para casa, quando foi atingida por um tiro que teria sido disparado por um policial da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). O agente teria desconfiado de um motociclista e disparou, acertando, porém, a criança dentro do veículo. Ela chegou a ser socorrida no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, Zona Norte de Rio de Janeiro, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
A morte de Agatha se soma às inúmeras outras mortes, principalmente de negros e pobres moradores de comunidades, que vêm aumentando desde que Wilson Witzel assumiu como governador do Rio de Janeiro. Witzel é entusiasta de uma política de segurança agressiva, e causou polêmica ainda no ano passado, quando disse que a polícia sob seu comando vai “mirar na cabecinha e fogo”. Ele já chegou, inclusive, a lamentar por não poder disparar mísseis em comunidades do Rio.
Assim como na quinta-feira (18), quando internautas subiram a tag #WitzelAssassino depois de uma operação policial em que um helicóptero disparou contra moradias e, inclusive, contra uma escola municipal no Complexo do Alemão, usuários das redes sociais atribuíram a morte da criança à política de extermínio do governador com a tag #ACulpaEdoWitzel.
O Voz das Comunidades, veículo de comunicadores independentes das favelas, está cobrindo a manifestação no Complexo do Alemão.
Acompanhe abaixo.
ATO CONTRA VIOLÊNCIA NO ALEMÃO https://t.co/gJGzxNvNko
— Voz das Comunidades (@vozdacomunidade) September 21, 2019
Moradores do Complexo do Alemão estão neste momento realizando uma manifestação na entrada da Grota pela violência na favela e pela morte da Ágatha Félix, de 8 anos. pic.twitter.com/tCzzDNoLxb
— Voz das Comunidades (@vozdacomunidade) September 21, 2019