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O assassinato da menina Agatha Félix, de 8 anos, no Complexo do Alemão, vítima da política de extermínio promovida pelo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, gerou grande revolta nas redes sociais. Charges dos cartunistas Carlos Latuff e Ricardo Aroeira retratando a carnificina de Witzel e a culpa dele na morte de Agatha começaram a circular em meio a onda de indignação.
"A vida de Agatha Félix, de apenas OITO ANOS, foi brutalmente interrompida por uma bala nas costas no Complexo do Alemão. Seu sangue está nas mãos do governador Wilson Witzel. #ACulpaEDoWitzel", publicou Latuff.
Uma charge do cartunista Aroeira publicada em 21 de agosto, no Brasi 247, um dia depois d o governador comemorar a morte de um homem em ação policial, também foi resgatada devido ao desejo de carnificina do governador. "Uma das mais tristes charges do genial Aroeira, mas profundamente representativa da política genocida do gov. Wilson Witzel que rebaixou a cidade do Rio de Janeiro à categoria de necrópole. Seu alvo predileto são, cumulativamente, pobres, negros e de áreas socialmente excluída", disse o geógrafo Evandro Cyrillo.
Entenda o caso:
A morte de Ágatha se soma às inúmeras outras, principalmente de negros e pobres moradores de comunidades, que vêm aumentando desde que Wilson Witzel assumiu como governador do Rio de Janeiro. Witzel é entusiasta de uma política de segurança agressiva, e causou polêmica ainda no ano passado, quando disse que a polícia sob seu comando vai “mirar na cabecinha e fogo”. Ele já chegou, inclusive, a lamentar por não poder disparar mísseis em comunidades do Rio.
O ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, pediu o impeachment do governador e foi acompanhado por alguns parlamentares da oposição na Câmada dos Deputados. "Há razões de sobra para que se peça o impeachment de Witzel. Ele é o grande responsável pelas atrocidades que se cometem no Rio de Janeiro. Um assassino!", declarou o petista.
Na manhã deste sábado, moradores do Alemão fizeram um protesto em razão da morte de Agatha e de outros jovens negros. Pelas redes, a hashtag #ACulpaEDoWitzel ganhou repercussão. O historiador Luiz Antonio Simas ainda criticou a própria origem da Polícia Militar: “A PM foi criada para matar e morrer e nesse sentido é uma das instituições mais bem sucedidas do Brasil: mata e morre”.
https://twitter.com/LatuffCartoons/status/1175420223710793728
https://twitter.com/AroeiraCartum/status/1164299407422103553
https://twitter.com/evandrocyrillo/status/1175460257147031552