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A Universidade Federal do Ceará (UFC) é a primeira instituição de ensino superior do Nordeste a rejeitar o programa Future-se, anunciado pelo Ministério da Educação (MEC), por meio do titular da pasta, Abraham Weintraub. A decisão foi tomada na votação do Conselho Universitário (Consuni), nesta quarta-feira (14).
Antes da UFC, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) já havia divulgado a não adesão ao programa.
A proposta do governo de Jair Bolsonaro prevê profundas alterações na estrutura administrativa, na gestão orçamentária e no financiamento das instituições federais de ensino superior.
A inclusão do debate a respeito do programa, na reunião do conselho, ocorreu depois de pedido da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Ceará (ADUFC), do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais do Estado do Ceará (SINTUFC) e do movimento estudantil.
Na sequência, foi realizada uma assembleia, na qual a comunidade universitária decidiu, por unanimidade, pela rejeição ao Future-se.
Depois, a reitoria foi informada e encaminhou a decisão ao Consuni para deliberação.
Nota conjunta
A votação teve 22 votos favoráveis à decisão da assembleia, que rejeitou o Future-se; oito pelo adiamento da decisão; e duas abstenções.
Durante o encontro também foi lida nota conjunta em nome dos reitores da UFC, da Universidade Federal do Cariri (UFCA) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) sobre o Future-se. O documento faz dura crítica ao programa e avalia o risco para a autonomia e manutenção das universidades representado pelo projeto.
Veja aqui a íntegra da nota
Com informações da ADUFC