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O delegado que comanda a investigação sobre uma suposta "invasão hacker" ao celular do ministro da Justiça, Sérgio Moro, foi trocado. A informação foi confirmada pela Polícia Federal ao portal G1, mas os motivos da troca do delegado e o nome dos envolvidos no comando das apurações não foram divulgados.
Subordinada ao próprio Moro, a PF já instaurou quatro inquéritos para apurar o suposto ataque cibernético que, de acordo com os investigadores, teria dado origem as conversas, segundo Moro possivelmente adulteradas, que vêm sendo divulgadas pelo site The Intercept Brasil e veículos parceiros, como a Folha de S. Paulo e a Veja, além do jornalista Reinaldo Azevedo. Todos os veículos confirmam a autenticidade dos diálogos, que mostram uma atuação parcial e política de Moro enquanto juiz na condução da operação Lava Jato.
Nenhum dos inquéritos da PF, no entanto, apura o conteúdo das conversas vazadas, o que vem gerando críticas entre jornalistas e políticos que compõem a oposição ao governo. Durante a audiência de Moro na Câmara dos Deputados, na última quarta-feira (3), o deputado federal Paulo Pimente (PT-RS) levou uma declaração para que o ministro assinasse, autorizando o Telegram a abrir o sigilo de suas mensagens no aplicativo, que ficam salvas no servidor, para sanar qualquer dúvida sobre supostas alterações nos diálogos. Moro, no entanto, se recusou a assinar.
Na sexta-feira (5) a revista Veja trouxe em sua matéria de capa diálogos inéditos que mostram que Fausto Silva, o Faustão, chegou a dar conselhos a Moro sobre como falar da operação Lava Jato para o público. O apresentador confirmou a autenticidade da conversa.