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Não demorou muito para que, de alguma forma, o PT fosse envolvido no caso dos supostos hackers que, de acordo com a Polícia Federal, teriam hackeado celulares de autoridades, entre eles o do ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Nesta quarta-feira (24), Ariovaldo Moreira, advogado de Gustavo Elias Santos, um entre os quatro suspeitos presos na terça-feira (23), afirmou em entrevista ao UOL que seu cliente ouviu de outro suspeito detido, Walter Delgatti Neto, o "Vermelho", que ele teria, de fato, hackeado conversas de Moro e que o objetivo seria vendê-las ao PT.
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"Ele [Santos] disse que a intenção dele [Delgatti] era vender essas informações para o PT. Ele [Santos] confirma que o Walter mandou mensagens pra ele, mandou inclusive parte da interceptação telefônica do juiz Sergio Moro e a intenção, segundo ele, meu cliente, ele dá conta de que o Walter disse a ele que a intenção era vender essas informações para o Partido dos Trabalhadores", disse o advogado.
O defensor, contudo, afirma que seu cliente não teve participação no esquema, e que apenas viu as mensagens que Delgatti, seu amigo, havia lhe mostrado. Moreira informou, ainda, que Santos teria alertado "Vermelho" sobre o risco que ele corria ao hackear autoridades e vazar as conversas.
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O PT ainda não se manifestou sobre as informações trazidas pelo advogado.
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