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Acusados de integrar uma organização criminosa e atrapalhar as investigações sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes, o policial militar Rodrigo Jorge Ferreira e a advogada Camila Lima Nogueira viraram réus. A Justiça do Rio de Janeiro acatou a denúncia formulada pelo Ministério Público do Estado e os dois acusados, se condenados, podem pagar multa e pegar de três a oito anos de prisão.
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O juiz do caso autorizou pelo menos dois mandados de busca e apreensão. Um deles foi cumprido neste sábado (13), na casa da advogada, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
A denúncia foi apresentada à Justiça pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro e se baseou em uma investigação conduzida pela Polícia Federal, que apontou a existência de obstrução à investigação do Caso Marielle. Apesar de ter confirmado a denúncia, o MP-RJ não informou o teor da medida, pois o processo está em segredo de Justiça.
Em entrevista ao portal Uol, a advogada nega a acusação. "Estou sendo humilhada, tratada como bandida. É de chocar quem tem o mínimo de conhecimento jurídico", destacou Camila Nogueira. Ela também avisou que não é mais defensora do PM Ferreira. "Acredito na verdade e ela sobre minha vida prevalecerá", acrescentou.
Os novos advogados do acusado não foram encontrados para comentar o caso.
Apesar de o PM reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz terem sido presos em março, acusados de terem executado o atentado, até o momento, o Ministério Público e a Polícia Civil não conseguiram definir quem foram os mandantes do duplo assassinato.