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Demóstenes Meira (PTB), prefeito de Camaragipe (PE), no Grande Recife, foi preso preventivamente nesta quinta-feira (20) por investigação sobre crimes de fraude em licitação, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O mandatário também foi afastado do cargo.
A prisão preventiva e o afastamento cautelar de Demóstenes foram decretados pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) em razão da Operação Harpalo, realizada pelo Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACO), da Polícia Civil pernambucana.
“O principal palco dos crimes era a prefeitura de Camaragibe. Meira era o líder da organização. Em nova análise das provas, houve a necessidade das prisões para interromper as ações”, disse a delegada Pollyane Farias.
A Harpalo começou em dezembro e investiga superfaturamento em contratos da prefeitura. Segundo a delegada Jéssica Ramos, que comanda as investigações, o rombo pode chegar a R$ 117 mil em um contrato de R$ 1,2 milhão para a manutenção de escolas municipais - feito sem licitação.
Outros quatro mandados de prisão preventiva foram cumpridos nessa segunda fase da operação, sendo dois empresários e suas respectivas esposas.
O prefeito causou polêmica em fevereiro após convocar os funcionários da prefeitura para show de sua esposa, Taty Dantas, durante o carnaval. “Quero todos os comissionados no bloco de meio-dia, independente de ser crente, espírita, católico, de não gostar de carnaval. Eu quero todos os cargos comissionados. Eu também não participo de carnaval, mas eu vou dar apoio ao show da minha noiva, futura esposa Taty Dantas”, mandou o prefeito no áudio, dizendo ainda que ia fazer gravar todos os presentes.