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Um comunicado conjunto entre as repartições estadual e federal do Ministério Público, assinado também pelas defensorias públicas da união e de Minas Gerais, enviou um comunicado neste domingo (3) para o comando da Polícia Militar no Estado recomendando que não proíbam manifestações políticas no carnaval em Belo Horizonte.
O documento foi produzido após o capitão Lizandro Sodré, do 13º Batalhão, tentar reprimir manifestações contra Jair Bolsonaro (PSL) e a favor da liberdade do ex-presidente Lula no desfile do bloco Tchanzinho Zona Norte, na sexta-feira (1º), na capital mineira.
Segundo informações do portal G1, no documento, as autoridades recomendam que a polícia cumpra o dever legal de manter a segurança pública “sem condicioná-los a quaisquer situações incluídas as manifestações de cunho político”.
O texto diz ainda que os policiais “se abstenham de deter qualquer indivíduo e direcioná-lo sobre o conteúdo de suas falas - principalmente os líderes/responsáveis pelos blocos carnavalescos em todo o Estado de Minas Gerais – quando políticas, sob pena de praticar censura institucional, ilegal, inconstitucional e, ainda, punida como crime de abuso de autoridade”.
“As manifestações eram espontâneas pró-Lula, Lula livre e contra o Bolsonaro. O capitão Sodré subiu no trio e começou a falar que isso não estava certo, que o bloco não poderia continuar. Porém, o viés do Tchanzinho sempre foi político, todos os anos”, disse a produtora Laila Heringer Costa.
O porta-voz da Polícia Militar (PM), major Flávio Santiago, disse ao G1 neste sábado (2) que considera o ocorrido como um acerto e não um desentendimento. Segundo ele, manifestações político-partidárias, desportivas e com cunho depreciativo, por exemplo, podem levar a um problema sério no controle de massas.
“O puxador, ou puxadora, ou quem estiver em cima do trio exerce um poder de legitimação das massas. Se ele incita alguma coisa, o que vai acontecer”, falou Santiago se referindo a uma possível briga entre as pessoas que acompanhavam o bloco.