Gilson Rocha, o pai do soldado, prestou queixa e registrou um boletim de ocorrência. Ele exige explicações do 7° Batalhão de Engenharia de Construção (7° BEC), em Rio Branco, Acre.
Flávio do Prado, comandante do 7° Batalhão de Engenharia de Construção, disse, por intermédio de nota, que o soldado ingressou no Exército no dia 1º de março de 2019 e, com menos de uma semana de atividades, os colegas perceberam que ele passou a apresentar “algumas alterações em seu padrão comportamental”.O soldado, ainda de acordo com a nota, foi encaminhado para acompanhamento médico no batalhão, onde recebeu a assistência e depois foi encaminhado “para um hospital especializado e recomendando a convalescença domiciliar”.
“Parece uma criança, está travado, foi hospitalizado na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Segundo Distrito, no domingo [16], esteve no Hosmac (Hospital de Saúde Mental do Acre) , agora estamos retornando. Meu filho está em estado lastimável e o 7º BEC simplesmente entregou ele”, lamentou o pai.
Esquizofrenia Ainda de acordo com o pai do rapaz, os médicos não sabem informar ao certo o que o jovem tem, mas suspeitam de um quadro de esquizofrenia. Um psiquiatra pediu um tempo para estudar o quadro do rapaz e dar um posicionamento para a família.“Não sei o que houve com ele, não sei o que acontece com esses recrutas. Meu filho estava normal antes de ir para lá. Na semana inicial estava bem e foi para esse chamado na Quarta-feira de Cinzas e na sexta aconteceu isso”, disse.
“Entregamos nosso filho para o Exército Brasileiro, era o sonho dele, estava animado e agora está assim. Não responde estímulos, não anda, parece um robô. Repetia que me ama e ama a mãe dele, mas agora não fala mais nada. Meu filho não é um coturno que foi jogado lá e devolvido”, criticou.
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