Crispim, que estava acompanhado de sua filha, de 15 anos, relatou em postagem no Facebook que foi mal tratado por funcionários do banco após ficar por mais de quatro horas esperando por atendimento. Após questionar o gerente geral da instituição sobre a indiferença com que foi tratado, a Polícia Militar teria sido acionada.
Vídeo gravado pela filha de Crispim mostra o pai já na presença dos policiais. É possível ouvir o gerente do banco afirmar que só iria à delegacia se o cliente fosse algemado e que não negociaria "com esse tipo de gente". O caso aconteceu no dia 19, cinco dias após o caso do jovem negro que morreu após ser estrangulado também com um "mata-leão" desferido por um segurança de um supermercado Extra no Rio de Janeiro.
Nas imagens, é possível ver Crispim sendo imobilizado com violência sem oferecer nenhum tipo de resistência. Ao fundo, é possível ouvir o choro de sua filha.
"Em nenhum momento eu fui mal-educado, grosseiro ou deselegante dentro daquela agência bancária, mas fui tratado como um bandido. Em pleno século 21 fui tratado de forma ríspida e claramente fui vítima de preconceito racial", relatou o empresário.
Em nota, a Caixa Econômica Federal informou que repudia atitudes racistas e que "até o momento, não foi identificada, por parte de nenhum dos seus empregados ou colaboradores, qualquer atitude de cunho discriminatório".
Assista ao vídeo. *Com Rede Brasil Atual