Ao lado da filha de 15 anos, empresário negro é retirado com 'mata-leão' de agência bancária

Crispim Terral acusa uma agência da Caixa de Salvador de racismo após ficar por mais de 4 horas esperando atendimento e ser mal tratado pelo gerente, que disse que "não negociaria com esse tipo de gente"; PM foi acionada e cliente foi retirado do banco à força. Assista

Reprodução/Rede Brasil Atual
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Tem circulado com força nas redes sociais, nesta terça-feira (26), um vídeo que mostra um homem negro sento retirado à força por um policial, com um "mata-leão", de uma agência da Caixa Econômica Federal. O microempresário Crispim Terral, que aparece nas imagens sendo imobilizado, acusa o gerente, a polícia e o banco de racismo.

Crispim, que estava acompanhado de sua filha, de 15 anos, relatou em postagem no Facebook que foi mal tratado por funcionários do banco após ficar por mais de quatro horas esperando por atendimento. Após questionar o gerente geral da instituição sobre a indiferença com que foi tratado, a Polícia Militar teria sido acionada.

Vídeo gravado pela filha de Crispim mostra o pai já na presença dos policiais. É possível ouvir o gerente do banco afirmar que só iria à delegacia se o cliente fosse algemado e que não negociaria "com esse tipo de gente". O caso aconteceu no dia 19, cinco dias após o caso do jovem negro que morreu após ser estrangulado também com um "mata-leão" desferido por um segurança de um supermercado Extra no Rio de Janeiro.

Nas imagens, é possível ver Crispim sendo imobilizado com violência sem oferecer nenhum tipo de resistência. Ao fundo, é possível ouvir o choro de sua filha.

"Em nenhum momento eu fui mal-educado, grosseiro ou deselegante dentro daquela agência bancária, mas fui tratado como um bandido. Em pleno século 21 fui tratado de forma ríspida e claramente fui vítima de preconceito racial", relatou o empresário.

Em nota, a Caixa Econômica Federal informou que repudia atitudes racistas e que "até o momento, não foi identificada, por parte de nenhum dos seus empregados ou colaboradores, qualquer atitude de cunho discriminatório".

Assista ao vídeo. *Com Rede Brasil Atual