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A Polícia Militar de São Paulo, comandada pelo governador tucano João Doria, pode bater novos recordes de mortes de cidadãos em 2019. Dados compilados pela Ouvidoria da Polícia de SP mostram que, só até outubro, 697 pessoas foram mortas pelos militares. Em 2018, foram 686 no mesmo período.
Desta forma, as projeções indicam que os óbitos podem ultrapassar os 940 registrados em 2017, ano em que foi registrado o maior número de mortos pela polícia desde 2014. No entanto, do total de mortes, apenas 11 foram classificadas como homicídio.
A Polícia Civil, que mata bem menos, melhorou seus índices. Foram 28 mortos entre janeiro e outubro de 2018, contra 18 neste ano.
Ouvidoria
O projeto do deputado Frederico D’Avila (PSL), que pedia o fim da Ouvidoria das Polícias, recebeu parecer de inconstitucionalidade na CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação) da Assembleia de São Paulo.
Segundo o parlamentar, a ouvidoria “virou uma trincheira de pregação ideológica”. “Todos ali são alinhados a partidos de esquerda”, afirma ele. Críticas se dirigem ao ouvidor Benedito Mariano, que chamou de "tragédia" a ação da PM no baile funk de Paraisópolis, no último domingo (1).
Ao saber do projeto, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), chamou o ouvidor em seu gabinete e prometeu apoio. A ouvidoria foi criada em 1995 pelo avô dele, Mario Covas, que era governador do estado.
As informações são da coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo