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Conhecido como Prêmio Nobel Alternativo, o Right Livelihood Award homenageou nesta quarta-feira (4) a luta indígena do líder Davi Kopenawa, do povo Yanomami. Além dele, personalidades do ativismo climático e feminista também foram mencionados na premiação, que aconteceu em Estocolmo, na Suécia.
Kopenawa é um importante ativista da causa indígena, sendo um dos responsáveis por pressionar o governo brasileiro a urgentemente expulsar os garimpeiros e delimitar as terras de outros povos indígenas. "Invadem e destroem a nossa terra, poluem os nossos rios e matam os nossos peixes com o seu mercúrio. Estamos morrendo, doentes de malária, tuberculose, oncocercose, câncer, gripe, sarampo e doenças sexualmente transmissíveis", denunciou em discurso durante o evento.
Kopenawa esteve presente na premiação ao lado da defensora dos direitos humanos Aminatou Haidar, do Saara Ocidental. Outros vencedores, como a jovem ativista ambiental sueca Greta Thunberg e a advogada chinesa Guo Jianmei, se ausentaram. Greta está em Lisboa, rumo a Madri, para participar da Cúpula do Clima, enquanto Guo informou à organização que não participaria, sem entrar em detalhes sobre a razão.
Os homenageados receberam 1 milhão de coroas suecas cada, o equivalente a R$ 440 mil, e uma escultura feita pelo artista britânico Tony Cragg, usando metal fundido de armas ilegais apreendidas em El Salvador.