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Manchas de petróleo voltaram a ser identificadas no litoral do Ceará nesta segunda-feira (30). O material não era visto nos locais atingidos desde outubro. As praias atingidas são as de Caetanos de Cima e Caetanos do Baixo, em Amontada e a Barra do Poço Velho, em Itapipoca, região do litoral oeste do Ceará.
Pescadores das comunidades atingidas divulgaram vídeos nas redes sociais mostrando o óleo encontrado, que foi maior do que na ocorrência anterior.
Segundo a Rede de Turismo Comunitário de Caetanos de Cima, o óleo "já tinha aparecido no início de outubro, só que era em pouquíssima quantidade. Dessa vez tem mais". A comunidade é formada maioritariamente por pescadores e artesãos, com existência importante do turismo comunitário. Portanto, o aparecimento do óleo afeta diretamente as atividades econômicas no local.
A Rede diz que já informou a Marinha e a Autarquia do Meio Ambiente de Amontada e aguarda intervenção: "Estamos à espera dos órgãos responsáveis e orientando os visitantes e comunitários a não tomarem banho de mar, nem a limparem sem equipamentos".
Segundo Rivelino Cavalcante, professor do Instituto de Ciências do Mar (Labomar) da Universidade Federal do Ceará (UFC), o reaparecimento do material é preocupante e se deve ao fenômeno da ressaca. "Já era para ele [o óleo] estar mais decomposto, no nível de micropartículas, ou até no nível molecular, no tamanho que não seria visto tão fácil a olho nu. Isso evidencia que há muito material", disse ao G1
Cavalcante explicou que, provavelmente, o material estava assentado no assoalho oceânico e, agora, é remobilizado pelo fenômeno da ressaca.
Em novembro, o Ibama passou a considerar áreas de menor faixa de areia para registrar a presença do óleo, o que aumentou o número de ocorrências contabilizadas. No dia 27 de dezembro, três localidades do Ceará apresentavam até 10% de contaminação por óleo: Praia do Cumbuco, em Caucaia; Lagoinha, em Paraipaba; e Pontal do Maceió, em Fortim.
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