Polícia limitou acesso de parentes a corpos de jovens assassinados em Paraisópolis

Laudos do IML apontam "asfixia mecânica" em mortes no baile funk, mesmo com relatos de disparos e agressão por parte dos policiais

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Parentes dos jovens assassinatos durante operação policial em um baile funk de Paraisópolis, Zona Sul de São Paulo, relatam dificuldade em acessar o corpo das vítimas no Instituto Médico Legal (IML). Um tio da estudante Luara Victoria Oliveira, de 18 anos, disse que teve dificuldade para ver o corpo da sobrinha. Ela foi enterrada na tarde desta segunda-feira (2) no Cemitério Campo Belo, na Zona Sul da capital paulista. "Eles mal deixaram a gente ver ela. Não descobriram todo o corpo porque estava todo machucado. A gente deu uma olhada e eles pediram pra gente sair", afirma ele. Pelo menos dois laudos do IML apontam a mesma causa de morte para as vítimas do massacre do último domingo (1). Segundo a avaliação, Luara e Dennys Guilherme dos Santos Franco, de 16 anos, morreram por “asfixia mecânica por sufocação indireta”, ou seja, foram sufocados. Em entrevista à revista Época, Patrícia Maceratesi Oliveira, tia de Luara, disse não acreditar na versão da polícia de que as vítimas morreram pisoteadas durante a confusão. Familiares de Dennys Guilherme têm a mesma visão sobre o ocorrido. Dennys foi velado e enterrado no Cemitério da Vila Formosa, na Zona Leste da capital paulista. Ele trabalhava como jovem aprendiz em uma empresa de telemarketing e também estudava.