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Ao menos seis ossadas humanas foram encontradas em uma construção na Rua Abílio Soares, número 1.149, na Vila Mariana, zona sul da cidade de São Paulo. O local fica a 150 metros da sede do antigo Doi-Codi (Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna), local em que integrantes da ditadura militar torturaram presos políticos. Hoje o 36º DP (Paraíso) funciona neste prédio.
A Polícia Civil de São Paulo recebeu uma denúncia anônima de que funcionários de uma obra de prédios residenciais, feita pela construtora UNIQ, escavavam o local quando encontraram pelo menos seis ossadas humanas. Duas outras empresas, que prestaram serviço para a UNIQ nesta obra, são citadas no inquérito policial que foi aberto em 7 de novembro a partir da denúncia: Top Solo Fundações e Líder.
O relato é de que os corpos estavam cobertos por um pó branco que seria similar à cal, usado para amenizar o cheiro, e apresentavam “orifícios provocados por disparos de arma de fogo”. As pessoas tiraram fotos para registrar o ocorrido. Ainda, segundo a denúncia, as imagens foram mostradas ao responsável pela obra que teria então feito uma reunião com “diretores e engenheiros” da UNIQ. A decisão foi que a obra seria tocada “por estarem com prazos encurtados e por se tratar de final de ano”.
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