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A petroleira grega Delta Tankers publicou uma nota nesta segunda-feira (4) criticando as autoridades brasileiras por ainda não tê-la acionado, após fazer acusações de que a empresa teria sido a responsável pelo vazamento de óleo que atingiu o litoral da região Nordeste. Segundo eles, a origem do óleo não é da embarcação grega.
"Como esse suposto envolvimento é prejudicial à reputação e aos negócios de uma importante companhia de navegação que opera globalmente, a empresa está agora em discussões com os assessores jurídicos sobre como eles devem se dirigir às autoridades brasileiras", disse a empresa.
Segundo a Delta Tankers, eles "têm todos os dados e documentos que provam que sua embarcação não está envolvida, mas até o momento ninguém pediu para vê-los".
A mancha pode não ter apenas o navio grego como origem, como aponta pesquisa realizada pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (LAPIS). "As várias manchas de óleo que localizamos no Oceano Atlântico Sul, próximo ao Nordeste, ora estão relacionadas a possíveis vazamentos de navios, ora a fluidos vindos do subsolo do fundo do mar", pontua Humberto Barbosa, um dos pesquisadores.
Atraso
Nesta segunda, com grande atraso, a Marinha montou uma grande operação para contenção do óleo no litoral. Na operação estão os dois maiores navios da corporação e mais de 2 mil pessoas – entre elas, 670 fuzileiros navais.
Em reportagem especial realizada para a Fórum, o jornalista Wilfred Gadêlha percorreu 17 praias do Nordeste mostrando os danos causados pela mancha de óleo que atingiu mais de 314 localidades e 110 municípios.