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Em denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-deputado estadual (MDB-RJ) e conselheiro afastado do TCE-RJ, Domingos Brazão, é apontado como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), morta em março de 2018.
"Domingos Brazão arquitetou o homicídio da vereadora Marielle Franco e visando manter-se impune, esquematizou a difusão de notícia falsa sobre os responsáveis pelo homicídio", diz a denúncia assinada pela ex-PGR Raquel Dodge, obtida com exclusividade pelo UOL.
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A denúncia aponta ainda uma estratégia para encobrir os mandantes. "Fazia parte da estratégia que alguém prestasse falso testemunho sobre a autoria do crime e a notícia falsa chegasse à Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, desviando o curso da investigação em andamento e afastando a linha investigativa que pudesse identificá-lo como mentor intelectual dos crimes de homicídio", diz. Segundo depoimento do miliciano Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, a morte da vereadora foi planejada em uma reunião na qual estavam quatro pessoas: ele; o major da PM Ronald Paulo Alves Pereira, ligado à milícia “Escritório do Crime” e condecorado pelo então deputado estadual Flávio Bolsonaro em 2004; subtenente da PM Antonio João Vieira Lázaro, assessor de Brazão e integrante da Coordenadoria Institucional de Segurança da Assembleia Legislativa do RJ (ALERJ); e Hélio Paulo Ferreira, conhecido como o “Senhor das Armas”.