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A Universidade Presbiteriana Mackenzie, de São Paulo, expulsou um estudante de Direito que, em outubro, apareceu em um vídeo de cunho ameaçador e racista. A expulsão foi divulgada pelo coletivo negro da instituição, o Afro Mack.
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Em 28 de outubro, dia da votação do primeiro turno da eleição presidencial, o estudante Pedro Baleotti divulgou um vídeo anunciando que estava indo votar em sua cidade, Londrina (PR), "armado com faca, pistola, o diabo, louco pra ver um vadio, vagabundo com camiseta vermelha e já matar logo". "Essa negraiada vai morrer! Vai morrer! Capitão, levanta-te, o povo brasileiro precisa de você", dizia, em referência ao presidente eleito Jair Bolsonaro. Nas imagens, inclusive, Blaeotti aparece vestindo uma camiseta com uma foto do capitão da reserva.
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Ao tomar conhecimento do fato, à época, a universidade divulgou uma nota informando que "tais opiniões e atitudes são veementemente repudiadas", suspendeu preventivamente o aluno e anunciou a abertura de uma sindicância para apuração e aplicação das sanções cabíveis, conforme dispõe o Código de Decoro Acadêmico da Universidade. Baleotti também foi demitido do escritório de advocacia em que fazia estágio.
Os estudantes do Mackenzie, então, começaram a fazer pressão para que o aluno fosse expulso através de atos e manifestações e, nesta semana, finalmente, a instituição optou pela sanção máxima, que é a expulsão.
"Agradecemos todos que endossaram a luta, que compareceram aos protestos e se indignaram com o racismo presente na ação do aluno. Pedimos que continuem a se indignar e apoiar pessoas e coletivos negros (as). A referida decisão demonstra a seriedade e o compromisso da universidade no combate ao racismo. O que é de suma importância não somente para comunidade mackenzista, mas para toda sociedade", escreveu o coletivo Afro Mack em uma nota divulgada pelas redes sociais, que acompanha trecho de um parecer do Ministério Público do São Paulo que confirma a expulsão.
O parecer do MP, que Fórum teve acesso, determina o arquivamento de um processo aberto a partir de representações da Educafro e do PT contra o estudante. Em sua decisão, o promotor de Justiça de Direitos Humanos, Eduardo Ferreira Valerio, considera que o caso não vislumbra racismo institucional, mas sim, conduta individual, e já foram tomadas providências "suficientes", como o desligamento da universidade. Confira a íntegra do documento aqui.
O Mackenzie ainda não divulgou nota pública sobre o caso.
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