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Por RBA
"O cheque não caiu na minha conta/ Eu não tinha tempo pra sacar/ Mandei pôr na conta da Michelle/ Pra depois a grana rachar." É assim que a marchinha de Carnaval intitulada Micheque Bolsonaro ironiza o caso de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), envolvendo movimentação financeira considerada suspeita pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Ele movimentou R$ 1,2 milhão no período que vai de 1º de janeiro de 2016 a 31 de janeiro de 2017.
A marchinha, de autor ainda não divulgado, também brinca com os eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PSL). "Eu era a esperança/ Dessa grande nação/ Enganei meus eleitores e ganhei a eleição", canta.
As transações de Queiroz foram consideradas atípicas. Ele já foi chamado duas vezes ao Ministério Público para prestar esclarecimentos, mas não compareceu. O Coaf detectou a emissão de um cheque seu de R$ 24 mil em depósito para a primeira-dama, Michelle Bolsonaro – que inspira o nome da marcha.
Essa não é a primeira marchinha sobre o caso. A Marchinha do Laranja, que também não divulgou o autor, traz a dúvida: Cadê o Queiroz?. "Eu também quero ganhar esse cargo raro/ Ser motorista da família Bolsonaro/ Já imaginou se um motorista qualquer/ Deposita uma grana na conta da tua mulher", diz a música.
Em 2018, Bolsonaro já foi tema no carnaval. Nas ruas de Belo Horizonte, o bloco Orquestra Royal lançou a Bolsomico, que criticava o então pré-candidato.
"Tem que ter QI de mico/ Pra ficar lambendo bota de de milico/ Cérebro de periquito/ Pra chamar esse boçal de mito", diziam alguns versos, acompanhado do refrão: "É melhor Jair, Jair embora, sair correndo para a aula de história".
Ouça Micheque Bolsonaro: