"Agora é Bolsonaro", dizem invasores armados em terra indígena, segundo presidente da Funai

A equipe da Funai tirou a foto de uma placa da terra dos Uru-Eu-Wau-Wau, com marcas de bala. Devido ao risco dos invasores, que visam a extração ilegal de madeira, Franklimberg Freitas quer o apoio da Polícia Federal

Reprodução/Funai/PF
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Em viagem à Rondônia para monitorar a invasão de homens armados em terras indígenas dos povos Karipuna e Uru-Eu-Wau-Wau, o presidente da Funai, Franklimberg de Freitas, afirmou que ouviu depoimentos de que os invasores estariam dizendo que o presidente Jair Bolsonaro apoia suas ações. "Agora é Bolsonaro", dizem os invasores, segundo relato de indígenas ouvidos por Freitas. "Alguns posseiros fizeram esses comentários, de que o presidente estaria apoiando invasões. Isso é boato. É falso. O presidente não tem interesse em qualquer ação nesse sentido. Hoje estivemos na Uru-Eu-Wau-Waupara dizer que isso não é verdade", disse o presidente da Funai, segundo o jornalista Guilherme Amado, da revista Época. A equipe da Funai tirou a foto de uma placa da terra dos Uru-Eu-Wau-Wau, com marcas de bala. Devido ao risco que os invasores representam, Franklimberg quer o apoio da Polícia Federal. "Vamos acionar os órgãos de segurança pública para nos apoiar nessas ações de vigilância para a proteção dos povos indígenas", disse ele, ressaltando que as invasões visam a extração ilegal de madeira. "Algumas lideranças indígenas dos povos Karipuna e Uru-Eu-Wau-Wau, que relataram dificuldades que estão passando em razão das frequentes invasões de posseiros interessados em atuar como na extração de madeira e no garimpo ilegais". Nossa sucursal em Brasília já está em ação. A Fórum é o primeiro veículo a contratar jornalistas a partir de financiamento coletivo. E para continuar o trabalho precisamos do seu apoio. Saiba mais.