De acordo com informações do G1, os fiscais do MPT indicaram que os trabalhadores "dormiam em redes e camas improvisadas, com chão ainda no reboco, cozinha suja e o lixo depositado em uma vala. Havia um único banheiro para todos eles, apenas com um chuveiro. As necessidades fisiológicas eram feitas no matagal existente na área exterior do prédio".
Os operários viviam no local há pelo menos sete anos, recebiam menos de um salário mínimo e não tinham quaisquer direitos trabalhistas. Os agentes vão identificar os empregadores, rescindir os contratos e ajuizar ações para cobrar os direitos.
Segundo a ONG Repórter Brasil, a construção civil é o setor que lidera as inclusões na "lista suja" do trabalho escravo em número de vítimas. O cadastro foi divulgado em abril pela Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (DETRAE) do Ministério do Trabalho. A lista traz o nome de 165 empregadores, entre empresas e pessoas físicas, responsáveis por manter 2.264 trabalhadores em situação análoga à escrava. No setor da construção civil, foram encontrados 74 trabalhadores nessas condições, mantidos nessa situação por cinco empresas.