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No início da noite desta sexta-feira (29), a Justiça Federal mandou soltar Pedro Paulo Dantas Amaral, diretor da Dersa (Departamento Rodoviário S/A), e outros 4 suspeitos, entre executivos e funcionários da empresa, que tinham sido presos na última segunda-feira (25) pela Polícia Federal na operação Pedra No Caminho. A operação apura o desvio de R$625 milhões das obras do trecho norte do Rodoanel durante governos tucanos em São Paulo.
Maria Isabel do Prado, juíza da 5ª Vara Federal Criminal de São Paulo que proferiu a decisão, afirmou que "não há mais interesse da autoridade policial ou do Ministério Público Federal, órgãos com competência exclusiva para investigação de crimes de ação penal pública, na manutenção da prisão dos investigados".
Além de Dantas, foram soltos Benedito Aparecido Trida, chefe de departamento da Dersa, Adriano Francisco Bianconcini Trassi, chefe de departamento da Dersa, Edison Mineiro Ferreira dos Santos, funcionário da Dersa, e Valdir dos Santos Paula.
Laurence Casagrande Lourenço, principal alvo da operação e ex-diretor presidente da Dersa, permanece preso. No ano passado, ele foi nomeado por Gerado Alckmin (PSDB), ex-governador de São Paulo e pré-candidato à presidência, como secretário estadual de Transportes.
Paulo Preto
O Rodoanel é o calcanhar de aquiles de praticamente todos os governos tucanos de São Paulo. O ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, considerado o principal operador do PSDB, é alvo de denúncia por desvio de R$ 7,7 milhões, entre 2009 e 2011, durante o governo de José Serra (PSDB). O ex-diretor da Dersa foi acusado de incluir 1,8 mil falsos beneficiários de desapropriações em função das obras do trecho Sul do Rodoanel, da Avenida Jacu-Pêssego e das obras de ampliação da Marginal Tietê.
Paulo Preto foi preso recentemente duas vezes pela Polícia Federal e acabou solto, nas duas vezes, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. A delação do operador tucano é considerada explosiva, pois pode vir a incriminar Alckmin, Serra e Aloysio Nunes, entre outros envolvidos. Tem, portanto, munição suficiente para acabar com o PSDB de São Paulo.
Só nas contas de Suíça de Paulo Preto foram encontrados 121 milhões de reais.
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