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Reportagem deste sábado (2) da Folha de S. Paulo, realizada por Estelita Hass Carazzai e Phillippe Watanabe, revela que o Brasil já está entre os dez países que mais compram em bancos de sêmen americanos. E isso só tem crescido. Dados da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) mostram que esse tipo de importação, que pode custar até R$ 5.000 por amostra, cresceu 2.500% nos últimos cinco anos.
Até agora a Anvisa teria registrado, segundo a reportagem, que o doador de maior sucesso no Brasil foi o de número 4282 do Fairfax Cryobank. Teriam sido enviadas para o país 30 amostras deste perfil até 2016. O campeão seria um físico de olhos verdes, com doutorado, que adora gatos e sonha em ser famoso. E no cadastro do sêmen seria descrito como "extremamente inteligente, pragmático e amigável" -- e "parecido com o Matt Damon". Além de não fumar, não beber e em sua família não ter caso de ataque cardíaco, demência, câncer e nem sequer acne. Detalhe, o tal físico diz que “nem óculos ele usou”.
O relatório da Anvisa, ainda segundo a reportagem, informa que a maioria das amostras importadas ao Brasil foi de doadores brancos, de olhos azuis e cabelos castanhos. Esse dado deixa bem claro o que está por trás da importação de sêmen dos EUA, além do nosso 'viralatismo', a herança escravocrata.
Leia a reportagem completa na Folha.