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Com informações de Ivan Longo
O ex-deputado pelo PT, Adriano Diogo, presente no ato, no Centro de São Paulo, na tarde desta quarta-feira (9), em defesa das moradias populares, levantou questionamentos importantes. Ele acredita que a possibilidade de um incêndio criminoso no prédio do Largo do Paissandu não deve ser descartada. “Sou geólogo por formação. Aço e concreto não pegam fogo assim. Eu não tenho nenhum dado para afirmar que houve um incêndio criminoso. Mas trabalhei minha vida inteira como geólogo e para um prédio que não tinha mais do que 50 anos cair, um prédio espetacular, com uma arquitetura espetacular, para cair do jeito que caiu é, no mínimo, muito estranho”.
Diogo justifica sua tese: “Primeiro, começou a pegar fogo de baixo para cima, como se fosse uma churrasqueira, e foi subindo, subindo, subindo e não andar por andar. Segundo, ele não caiu para o lado, não adernou. Caiu reto e um prédio só cai desse jeito quando tem uma quantidade de explosivos homogênea, em todos os andares. Está certo que era um prédio abandonado há muitos anos, desocupado há quase 20 anos. Então, deveria ter problemas de infiltração, umidade. Agora, não dá para dizer que simples botijões de gás seriam suficientes para implodir um prédio”.
O ex-deputado petista pede esclarecimento: “Tem que haver uma investigação independente para saber quais as causas reais da implosão do prédio. Não adianta remover os escombros sem fazer uma perícia. Por que esse prédio nunca foi condenado pela prefeitura ou pelos bombeiros? Por que a União demorou tanto tempo para disponibilizar, será que a União nunca fez uma inspeção para saber as condições do prédio? O prédio foi oferecido à Unifesp, que não aceitou. A Unifesp tem um laudo e temos de ter acesso a ele. Se era um prédio condenado, não podia ter ninguém morando lá dentro. São muitas perguntas que deveriam ser respondidas”, disse.
Suplicy
O vereador Eduardo Suplicy (PT-SP) também esteve presente ao ato: “Infelizmente, a população de rua que era de 16 mil em 2015, subiu para 25 mil agora. Por isso, as vítimas do incêndio e do desabamento estão encontrando dificuldades de encontrar moradia. Nós, os 55 vereadores de São Paulo, devemos nos unir suprapartidariamente para que seja estabelecido um diálogo com os governos municipal, estadual e federal para que que seja colocada em prioridade a resolução do problema de moradia e para que a população de São Paulo possa viver com dignidade", destacou.