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O jornal O Globo revelou, nesta terça-feira (8), que teve acesso a três depoimentos de uma testemunha que procurou a Divisão de Homicídios da Polícia Civil para dar detalhes sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada junto com seu motorista em março.
De acordo com o jornal, a testemunha teria revelado que o vereador Marcello Siciliano (PHS) e o ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo, que está preso, queriam a morte da psolista pois ela estaria "atrapalhando" milicianos em áreas em que ela avançou com seu trabalho comunitário. Marielle, antes de ser vereadora, era assessora do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) durante a CPI das Milícias, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e, depois de eleita, continuou atuando com pautas nas comunidades que envolviam os milicianos.
A testemunha, que está sob proteção policial, teria afirmado que foi forçado a trabalhar para Orlando, o ex-policial, e que presenciou reuniões entre o miliciano, antes de ser preso, e o vereador Siciliano em que planejavam a morte da psolista.
"Eu estava numa mesa, a uma distância de pouco mais de um metro dos dois. Eles estavam sentados numa mesa ao lado. O vereador falou alto: 'Tem que ver a situação da Marielle. A mulher está me atrapalhando'. Depois, bateu forte com a mão na mesa e gritou: 'Marielle, piranha do Freixo'. Depois, olhando para o ex-PM, disse: 'Precisamos resolver isso logo'", teria dito a testemunha, segundo O Globo, à polícia.
No depoimento, a testemunha teria ainda revelado os nomes de quatro homens escalados para o crime e informado que Araújo, mesmo preso em Bangu 9, teria dado a ordem para o assassinato um mês antes.
Saiba mais na matéria do jornal O Globo.