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Por Maria do Rosário*
Pelo 13º ano consecutivo, os Correios foram a marca mais lembrada na categoria “Empresa Pública Eficiente”, do prêmio Top of Mind da Revista Amanhã, realizado com gaúchos e gaúchas. O anúncio foi feito na terça-feira (8), em Porto Alegre. É mais um reconhecimento dos consumidores a esta empresa pública de 350 anos que conecta o Brasil. Presente em todos os municípios, leva cidadania, informação e inclusão bancária a milhares de pessoas em todos os cantos do País.
Mas esta empresa, aliás, como todas estatais nacionais, vide Eletrobras, EBC e Petrobras corre risco sob o governo Temer. Mesmo que o ministro Kassab diga que a privatização saiu da pauta, após um malabarismo contábil que passou recursos do pós-emprego dos trabalhadores para cobrir rombo das suas contas, não podemos baixar a guarda, nem cruzar os braços.
Ações e medidas tomadas pela direção vão ao sentido de sucateamento da empresa e precarização dos serviços prestados à população. Deixam de investir em infraestrutura, demitem empregados e fecham agências.
Esta semana veio a público o plano de fechamento de mais de 500 agências próprias Brasil afora. Se a questão é economia, como alega a direção da empresa, não é mais simples encerrar o serviço franqueado, aumentando as receitas próprias e garantindo o emprego de milhares de trabalhadores?
A história e os serviços que prestam ao País justificam a manutenção dos Correios como empresa 100% pública. Precisa melhorar? Sim. Mas para isto é necessário investimento e melhores condições de trabalho.
Neste sentido, a Frente Parlamentar em Defesa dos Correios, em meu nome e do presidente, deputado Leonardo Monteiro, está convocando o presidente da estatal para explicações aos trabalhadores e a sociedade, a principal acionista da empresa.
Lembro mais uma vez que apresentei, junto com colegas que integram a Frente Parlamentar em Defesa dos Correios, Décio Lima, Arlindo Chinaglia, Celso Pansera, Leonardo Monteiro, Valmir Prascidelli, Vicentinho, Daniel Almeida, Weverton Rocha, Nelson Pellegrino e Davidson Magalhães, deputados de vários partidos e estados, o projeto de lei 7638/2017, que visa à sustentabilidade financeira dos Correios, fazendo com que a Administração Pública Federal contrate preferencialmente os serviços da empresa, como logística, digitalização, guarda de arquivos etc. Por que o governo não se movimenta para ajudar a aprovar este projeto? Vamos debater e aperfeiçoar o projeto que, se aprovado, pode gerar uma receita de pelo menos R$ 20 bilhões para os Correios, dobrando o atual faturamento.
A privatização dos Correios é um golpe na soberania nacional. Os serviços prestados são imprescindíveis para a população e para o desenvolvimento do Brasil.
*Maria do Rosário é deputada federal pelo PT-RS