Pastoral da Terra denuncia: prisão do padre Amaro Lopes é armação

Sacerdote era braço direito da missionária Dorothy Stang, assassinada por fazendeiros em 2005, e considerado seu “sucessor”

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[caption id="attachment_129529" align="alignnone" width="1000"] Foto: Reprodução/TV Liberal[/caption] Na avaliação da Comissão Pastoral da Terra (CPT), a prisão do padre José Amaro Lopes da Silva, na última terça-feira (27), em Anapu-PA, é vista como armação, com o objetivo de criminalizar a luta do sacerdote. Segundo informações da Rede Brasil Atual, de acordo com a CPT, a motivação do ataque é pelo fato de o religioso ser uma das principais lideranças da equipe pastoral da Prelazia do Xingu. “A gente acredita que é armação, porque ele é um exemplo de vida inquestionável, com seu compromisso histórico em defesa da justiça e do povo. Sabemos do contexto de conflito de interesses onde ele trabalha e querem criminalizá-lo como líder e a sua luta”, destaca Tiago Valentim, da coordenação do CPT, em entrevista à Rádio Brasil Atual, nesta quinta-feira (29). Amaro era braço direito da missionária norte-americana Dorothy Stang e considerado seu “sucessor”. Stang foi executada a mando de fazendeiros em 2005. “Vamos empenhar os esforços para mostrar que lutar não é crime e que a história do padre Amaro é de compromisso com o povo camponês”, acrescenta Tiago. O sacerdote foi preso após mandado judicial expedido para investigação de crimes de extorsão, ameaça, assédio sexual e ocupação violenta de terras. Ainda de acordo com Tiago, os depoimentos dados por fazendeiros para incriminá-lo são consequência do compromisso de Amaro com a população local. “Essa estratégia de fazer essas diversas acusações não é nova, ele não é o primeiro que tentam criminalizar. Ele está numa região de muito conflito onde as comunidades sofrem sem ter seus direitos garantidos”, explica.  
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