Ministro da Educação será investigado por abuso de poder por tentar impedir disciplina sobre o golpe

Mendonça Filho é acusado de ameaçar o livre exercício da docência, ao questionar a matéria criada pelo professor Luis Felipe Miguel

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[caption id="attachment_126280" align="aligncenter" width="780"] Mendonça Filho informou em seu perfil no Twitter que solicitou à Advocacia-Geral da União, ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público Federal apuração de improbidade administrativa por parte dos responsáveis pela criação da disciplina na UnB - Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil[/caption] A Comissão de Ética Pública da Presidência informou que o ministro da Educação, Mendonça Filho, terá dez dias para prestar esclarecimentos em processo que apura se ele cometeu abuso de autoridade no exercício do poder. As informações são de Roniara Castilhos, da TV Globo de Brasília. O processo foi aberto depois de denúncia do ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB), José Geraldo de Sousa Junior. Ele alega que o ministro teve conduta irregular ao ameaçar “o livre exercício da docência pelo professor titular do Instituto de Ciência da Universidade de Brasília, Luis Felipe Miguel”.

O professor é o orientador da disciplina sobre “O Golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”,  que a UnB oferecerá a partir de março. Após a divulgação de que a universidade ofereceria a disciplina, na semana passada, o ministro Mendonça Filho informou em seu perfil no Twitter que solicitou à Advocacia-Geral da União, ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público Federal apuração de improbidade administrativa por parte dos responsáveis pela criação da disciplina na UnB.

“Por fazer proselitismo político e ideológico de uma corrente política usando uma instituição pública de ensino”, escreveu o ministro na ocasião. Ele lamentou que “uma instituição respeitada e importante como a UnB faça uso do espaço público para promoção de militância político-partidária ao criar este curso”.