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Não adianta os governos Alckmim e Temer afirmarem que não há falta de vacina. Ao que parece fica evidente que algo não está bem esclarecido.
Por Simão Pedro Chiovetti*
Há três meses publiquei um post em que cobrava de Temer, Alckmin e Doria que informassem à população sobre a real situação da febre amarela na capital e no estado.
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De lá pra cá, infelizmente, o quadro piorou de tal maneira que tudo leva a crer que os governos estadual e federal perderam o controle sobre a expansão da doença. Eu mesmo tomei conhecimento da morte provocada pela febre amarela num curto espaço de tempo, de dois conhecidos moradores da zona leste, o pai do Nonô, presidente da Associação Comercial de São Miguel Paulista, e o comerciante Careca, da Careca’s Autopeças de Itaquera. Ambos passaram por chácaras em Mairiporã.
Hoje, a Organização Mundial da Saúde incluiu todo o estado de São Paulo como área de risco da febre amarela. O órgão da ONU alerta para que todos os habitantes ou os que viajem para cá tomem a vacina como forma de prevenção à doença.
Porém, Alckmim decidiu absurdamente que apenas 522 dos 645 municípios do estado fossem atendidos com a vacinação. Ou seja mais de 100 cidades ficarão de fora. Mesmo assim, as vacinas serão aplicadas gradualmente e não de uma vez.
Ou seja, não adianta os governos Alckmim e Temer afirmarem que não há falta de vacina. Ao que parece fica evidente que algo não está bem esclarecido. Além disso, é preciso que a secretaria estadual e o Ministério da Saúde apresentem publicamente quais são os planos para prevenção, vacinação e de atendimento médico sobre a febre amarela.
Enquanto isso não ocorrer, a população paulista fica a cada dia mais à mercê de uma doença de maior gravidade do que a dengue e a zika. Basta de brincarem com vidas humanas!
*Simão Pedro Chiovetti (foto) é mestre em Sociologia Política. Foi deputado estadual e secretário de Serviços do ex-prefeito Fernando Haddad
Foto: Clarice Castro/GERJ/Fotos Públicas