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O MBL até conseguiu, sob pretextos moralistas, acabar com a exposição de temática LGBT em Porto Alegre. Ataque fascista, no entanto, abriu portas para um movimento que já está tomando proporções nacionais: a Alameda Editorial é a segunda editora de livros a anunciar descontos em títulos considerados "polêmicos", aderindo à recém-criada "semana da arte degenerada"
Por Redação
Depois da editora Veneda, a Alameda Editorial anunciou que aderiu à irônica e recém-criada "semana da arte degenerada", colocando desconto de 25% em seus títulos considerados mais "polêmicos", como "O olhar pornô", de Nuno Cesar Abreu, e "Experiência Rex", de Fernanda Lopes.
A ação, como a da primeira editora, é uma forma de resposta às mobilizações de grupos de direita, como o Movimento Brasil Livre (MBL), que culminaram no cancelamento da exposição "Queermuseu", em Porto Alegre, que conta com obras de temática LGBT e ligadas à sexualidade.
Assim como na Alemanha nazista de Hitler, que confiscou e destruiu obras de arte consideradas “degeneradas”, o MBL usou de todo o seu pseudo-moralismo cristão para dar pitacos na exposição e exigir o seu cancelamento. Os direitistas acusam a mostra de praticar “blasfêmia” contra símbolos religiosos e de pedofilia por conta de obras de arte sobre crianças LGBT.
“Não acreditamos que as obras de Queermuseu sejam um tipo de arte e muito menos que as crianças tenham acesso a esse tipo de coisa”, disse Paula Cassol, coordenadora do MBL do Rio Grande do Sul, como se crítica de arte fosse.
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Foto: Reprodução/Obra do artista plástico Wesley Duke Lee