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Autoritário, o prefeito tucano processou os criadores e conseguiu retirar do ar a página satírica "João Dollar". Juiz, à princípio, reconheceu o direito de liberdade de expressão dos autores, mas os condenou por "anonimato" e eles agora terão que arcar com mais de R$7 mil em indenização. Saiba como ajudar
Por Redação
Foi lançada no início de agosto e vai até outubro uma campanha de arrecadação financeira, pelo Catarse, para ajudar os criadores da página "João Dólar" a arcar com os custos do processo movido pelo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB).
A página, criada ao longo da campanha do então candidato à prefeito, em 2016, satirizava o fato de o empresário milionário querer vender uma ideia de "trabalhador" e que estava próximo ao povo. Esse tipo de página satírica é muito comum em época de campanha eleitoral e acontece com qualquer candidato, de qualquer partido.
João Doria, no entanto, autoritário que é, moveu processo contra os criadores da página. O juiz, que notificou o Facebook e fez com que a página fosse retirada do ar, à princípio, reconheceu o direito de liberdade de expressão dos autores, mas acabou aceitando um recurso e os condenando por "anonimato".
"O caso parece banal se visto de maneira apressada. Mas repare bem: um candidato que expõe suas propostas durante um processo eleitoral e, defrontado com críticas e sátiras, entra com um processo judicial para impedir a publicação desse conteúdo. E pior: ele vence o processo. E pior ainda: ele se torna prefeito", escreveram os organizadores da campanha de arrecadação.
O valor cobrado inicialmente no processo era de R$ 5 mil mas hoje chegou aovalor de R$ 7 405,20, pois foram incluídas multa (R$ 1 500,00) e Juros (R$ 905,20).
Até o momento, já foram arrecadados R$7.275. Para doar, clique aqui.