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Ex-presidente colocou em prática o plano B. E ele não é uma pessoa. É uma ideia. Uma ideia de país. Galvanizado no discurso de que é possível voltar a ser feliz. Lula abraça o povo em busca de uma nova história.
Por Otávio Antunes, especial para a Fórum, da Caravana do Lula pelo Nordeste
O debate de setores da esquerda e da imprensa é sobre o plano B de Lula. Ele cita Haddad vira manchete. Fala em Pimentel e Jaques Wagner e as pessoas cravam o fim da dúvida. Pisca pra Gleisi Hoffman e Lindbergh Farias e a militância sorri.
A caravana não é acompanhada por Graziano ou Kotsho. Marco Aurélio Garcia já não está entre nós, e Frei Beto cumpre outras tarefas. Os companheiros de caminhada de Lula durante a caravana são mais jovens e influenciam menos o ex-presidente. Muito menos. É ele quem carrega nos ombros a responsabilidade de mexer no tabuleiro e pensar a próxima jogada. Por mais que ouça o jovem time que o cerca, sabe que nunca sua capacidade de leitura política foi tão importante.
Lula colocou em prática o plano B. E ele não é uma pessoa. É uma ideia. Uma ideia de país, para ser mais exato. Galvanizado no discurso de que é possível voltar a ser feliz. Lula abraça o povo em busca de uma nova história.
Sabe que seu legado lhe garante uma boa partida, mas a chegada depende da sua capacidade de seduzir novamente. Para isso, Lula tem ouvido muito mais que falado na caravana. Resta saber a síntese que fará de tudo isso encantará a esquerda e gente do povo que já não tem o mesmo ânimo de outros tempos.
Lula, o arrasta quarteirão do Nordeste, ressurge como a Fênix. Como em um filme clichê de boxe, pedindo por mais um round.
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula/Fotos Públicas