Escrito en
BRASIL
el
Na segunda semana de exibição, em 6 de junho, o filme que é praticamente um panfleto tucano havia sido visto por 42 mil pessoas, o que já representava um fiasco. Um mês depois, o número total de espectadores é de 46 mil. Ou seja, em 30 dias apenas 4 mil pessoas assistiram ao filme, que não arrecadou nem 10% do que gastou
Por Redação
O filme "Real: o plano por trás da História”, de Rodrigo Bittencourt", foi um fiasco. Praticamente um panfleto tucano, e criticado por inúmeros artistas e cineastas como um filme que enaltece o PSDB e a direita como um todo no país, a obra havia sido assistida, em sua segunda semana de exibição, por apenas 42 mil pessoas. Para uma segunda semana após a estreia, o número já representava uma decepção aos produtores.
Um mês depois o cenário é ainda pior. Até terça-feira (4), de acordo com a FilmB, "Real" tinha sido assistido por 46.484 espectadores. Ou seja: em quase 30 dias, apenas mais 4.484 pessoas saíram de suas casas e foram ao cinema para ver o filme sobre o plano que estabilizou a economia do país no início dos anos 90.
O problema não está no preço do ingresso do cinema e nem mesmo ligado ao hábito do brasileiro de ver filmes. Para se ter uma ideia, "Mulher Maravilha", por exemplo, que estreou no mesmo final de semana, havia sido visto por 1,3 milhão de espectadores em apenas uma semana.
O produtor Ricardo Fadel Rihan tentou justificar os números.
"A Ancine atrasou o lançamento em um ano. Talvez o filme teria um público maior se tivéssemos lançado após as eleições do ano passado", afirmou, associando o fiasco de bilheteria ao momento político do país.
O desastre, naturalmente, também foi financeiro. Até agora, o filme não arrecadou em bilheteria nem 10% do valor total do orçamento gasto para produzir a obra: R$8 milhões, obtidos por meio de Lei do Audiovisual, Proac e crowdfunding.