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Em acordo de delação que está sendo analisado pelo, STF, o publicitário Marcos Valério pode comprometer mais gravemente o senador Aécio Neves. Já disse, por exemplo, que Aécio recebia 2% dos contratos do BB com suas agências de publicidade desde os anos 90
Por Redação
O publicitário Marcos Valério, uma das figuras-chave dos escândalos conhecidos como mensalão mineiro e mensalão, está fechando novo acordo de deleção premiada, que ainda precisa ser homologado pelo Supremo Tribunal Federal, STF. Se aceito, pode comprometer ainda mais o senador Aécio Neves.
Um dos principais pontos relatados nos depoimentos prévios para o acordo é que suas agências de publicidade participaram do financiamento ilegal da atividade política do senador mineiro desde os anos 1990. Segundo ele, Aécio recebia 2% do faturamento bruto dos contratos do Banco do Brasil no governo de Fernando Henrique Cardoso, valores recebidos por Paulo Vasconcelos, citado como representante do senador junto à empresa.
Outro ponto é como foram retirados da CPMI dos Correios, em 2005, documentos sobre a relação do Banco Rural com tucanos em Minas, o que já é alvo de inquérito no STF, por conta da delação do ex-senador Delcídio Amaral. A operação teria contado com a participação dos então subrelatores da CPMI Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Eduardo Paes (à época no PSDB-RJ). Integrantes do Banco Rural teriam escondido documentos no Uruguai.
Valério também diz que parte dos recursos desviados da campanha pela reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB-MG) ao governo de Minas, no chamado mensalão mineiro, abasteceu caixa 2 da campanha de Aécio a deputado federal.