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Secretária de imprensa do Sismuc afirma que três manifestantes foram feridos gravemente e outros dez levados a hospitais em carros particulares, contrariando a versão da polícia
Na votação da Câmara Municipal do “pacotaço do Greca”, que ocorreu esta manhã na Ópera de Arame, casa de shows afastada do centro de Curitiba, houve confronto entre a polícia e manifestantes. A PM divulgou no jornal Gazeta do Povo que existiam cinco feridos, entre eles cinco policiais e apenas um manifestante atingido na perna. Em entrevista exclusiva à Fórum, a secretária de comunicação do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba, Sismuc, desmente essa versão e afirma que três manifestantes foram feridos gravemente e outros dez conduzidos a hospitais por carros particulares. Leia a entrevista abaixo.
O que aconteceu hoje na Ópera de Arame, local em que estava ocorrendo a votação do pacote do prefeito Greca?
Soraia Zgoda – Ocorria a votação do pacote de maldades do prefeito Greca, medidas que mexem com a vida dos servidores municipais de Curitiba. Essa votação foi transferida da Câmara para a Ópera de Arame, que é uma casa de shows retirada do centro, para não ter muita visibilidade e os projetos serem aprovados. No início da votação, tivemos a primeira repressão policial, que não deixava a gente fazer manifestação na rua em frente à Ópera. Depois que os servidores ficaram sabendo da aprovação da primeira proposta, que era o saque de R$ 600 milhões no nosso instituto de Previdência, houve tumulto e repressão policial, entre 9h e 9h30 da manhã.
A polícia fala que houve seis feridos, entre eles cinco policiais, mas vocês estão divulgando dez feridos entre os manifestantes, sendo três gravemente...
Soraia Zgoda – São dez feridos que foram socorridos por nós em carros particulares e encaminhados para hospitais. Tem mais três feridos graves que foram deslocados pelo Siate, (Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência, N.R.). Mais aqueles que ficaram feridos e não procuraram auxílio médico. Que passaram mal por causa do gás, levaram pedrada ou foram atingidos por cassetetes e não procuraram auxílio médico.