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Ela foi acusada de lavagem de dinheiro e evasão de divisas na Lava Jato por manter uma conta com mais de R$1 milhão na Suíça, que seria de dinheiro de propina de Cunha; especula-se que o fato de o juiz de Curitiba absolvê-la estaria ligado à negociação premiada que o deputado cassado vinha acertando com o Ministério Público
Por Redação
O juiz Sérgio Moro absolveu, nesta quinta-feira (25), Cláudia Cruz, esposa do deputado cassado e preso pela Lava Jato, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ela havia sido acusada pelo Ministério Público Federal (MPF), também na Lava Jato, de lavagem de dinheiro e evasão de divisas por manter uma conta com mais de R$1 milhão na Suíça. O dinheiro da conta, para os promotores, seria oriundo das propinas de Cunha.
Para Moro, no entanto, não há provas suficientes que "justifique o dolo".
“Absolvo Cláudia Cordeiro Cruz da imputação do crime de lavagem de dinheiro e de evasão fraudulenta de divisas por falta de prova suficiente de que agiu com dolo”, escreveu o juiz em sua decisão.
De acordo com o MPF, Cláudia era "a única controladora da conta em nome da offshore Köpek, na Suíça, por meio da qual pagou despesas de cartão de crédito no exterior em montante superior a US$ 1 milhão num prazo de sete anos (2008 a 2014)". A denúncia aponta que os gastos de Cláudia eram incompatíveis com seu salário e a renda declarada do marido.
Especula-se que o fato de Moro absolvê-la estaria ligado à negociação premiada que Eduardo Cunha vinha acertando com o MPF. Uma das condições impostas pelo ex-presidente da Câmara para falar era de que sua esposa não fosse presa.